Caracteres agronômicos e nutricionais de linhaça cultivada em diferente épocas de semeadura
Compreender a resposta de cultivares de linho (Linum usitatissimum, L.) em diferentes épocas de semeadura é importante para nortear estratégias de recomendação de cultivo, principalmente em regiões com potencial ainda pouco explorado. Este estudo, conduzido na região de Florianópolis, SC, avaliou cultivares (Marrom e Dourado) de linhaça em duas épocas de semeadura (E1 e E2) em blocos completos casualizados. Foram avaliados seis caracteres agronômicos: altura da planta (AP), comprimento produtivo (CP), número de ramos (NR), número de cápsulas (NC), número de grãos (NG), área de cápsulas (AREAC) e o rendimento de grãos por planta (RGHA). Características de qualidade, como fenólicos totais (FT), flavonoides (FL), capacidade antioxidante (DPPH) e lipídios (Li), também foram quantificadas. A época de semeadura teve um impacto significativo nos caracteres agronômicos, com resultados superiores na E1. Os fenólicos totais, flavonoides e capacidade antioxidante foram mais elevados na E1, especialmente na cultivar marrom. O perfil lipídico da linhaça foi dominado pelos ácidos graxos Heptadecanoico (C17:0), Linolelaidico (C18:2n6t), Linoleico (C18:3n6), Ácido 9-eicosatrienoico (C20:11n9) e Ácido dihomo-gama-linolênico (C20:3n6), representando cerca de 99% dos lipídios totais. A cultivar marrom mostrou um potencial antioxidante superior à dourada na E1. Os flavonoides variaram com a época de semeadura, com a cultivar marrom apresentando maiores valores na E1 e a dourada na E2. O perfil de ácidos graxos também foi influenciado pela época de semeadura. Em resumo, as condições edafoclimáticas litorâneas favorecem o cultivo da linhaça, com potencial para aumentar a produção e melhorar a qualidade nutricional, desde que a época de semeadura seja considerada.